terça-feira, fevereiro 13, 2007

Pior Português de Sempre

Acabo de ver na SIC Notícias que os portugueses elegeram António Oliveira Salazar como o Pior Português de Sempre. Fica agora por saber se conseguirá fazer a dobradinha e conquistar o título de Grande Português no programa da RTP.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Apoiantes do Não iniciaram campanha revanchista de porta a porta!

Castigo Divino?

Ainda ontem a metade sul do país votou SIM no referendo e hoje já estamos a levar com um tremor de terra!!! Imaginem quando sair a legislação!

Resultados Referendo

No melhor espírito do Serviço Público aqui fica a ligação para os resultados completos por Distrito, Concelho e Freguesia.

domingo, fevereiro 11, 2007

Liberalização do Aborto

Ganhou o Sim, a maioria dos eleitores que se disponibilizaram a exercer o seu dever cívico escolheram a liberalização do aborto até às 10 semanas. Mas tal como há 9 anos a maioria decidiu não se pronunciar e não deixar que este referendo fosse vinculativo perante a Constituição da Republica. Assim sendo, daqui a 10 anos estaremos a discutir novamente o mesmo assunto, para sermos coerentes. Embora eu ache, que nem que votasse UMA pessoa, o referendo deveria ser vinculativo, pois os Abstencionistas escolheram não expressar a sua vontade, foi-lhe dada uma oportunidade de o fazer, não o fazendo, deve-se dar a voz aos que o fazem, mesmo que sejam uma minoria, Uma Democracia é feita por quem a quer fazer, ou por quem quer fazer parte dela.
Em Relação ao resultado propriamente dito sobre a liberalização do aborto até às 10 semanas, falta saber como se organizará o Serviço Nacional de Saúde.
Porque neste momento, não me admira que uma mulher seja chamada para fazer um aborto que pediu, quando a criança estiver a entrar para a escola primária.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Choque Tecnológico - II

Eu não digo que os portugueses estão a mostrar ao mundo que somos dos povos mais avançados tecnologicamente. Vejam lá esta preciosidade:

Utilizava toques de telemóvel como chamariz para caçar tordos
Foi detido em Castelo Branco por conduta ilegal

Governo de olhos em bico - II

José Sócrates já saiu em defesa do seu ministro da economia, tendo afirmado o seguinte:

"Temos custos de trabalho que são muito competitivos ao nível das pessoas mais qualificadas em Portugal. Mas como é evidente queremos desenvolver um modelo de maior formação para todos os nossos trabalhadores". "É evidente que os trabalhadores mais qualificados "têm custos de trabalho inferiores aos da média europeia".

Esperem aí!!! E agora com que lata é que eu digo aos meus patrões que quero ganhar como a malta lá de fora já que trabalho tanto ou mais do que eles?!?

Governo de Olhos em bico - I

O Ministro da Economia Manuel Pinho apresentou os baixos salários praticados em Portugal, face à média europeia, como um argumento para os empresários chineses investirem em Portugal como porta de entrada na Europa. Resposta dos sindicatos e oposição:

  • o PSD diz que as declarações do ministro foram "terceiro-mundistas"; o PP diz que "são palavras inaceitáveis, e más demais para serem verdade";
  • o PCP acha que ficou provado que o Governo não pretende alterar o modelo económico dos baixos salários;
  • para o Bloco de Esquerda trata-se de uma contradição gritante entre as palavras de Pinho e a habitual retórica do governo;
  • os Verdes querem o ministro no Parlamento, para explicar o que chamam de ofensa aos trabalhadores.
declarações retiradas de SIC Online


É caso para dizer que um ministro já nem pode dizer a VERDADE que mesmo assim é criticado por toda a gente...

Uma problemática para desanuviar

Penso que a grande maioria de entre nós útiliza o cartão multibanco para quase todo o tipo de transacções. Seja para fazer compras no supermercado, pagar uma refeição, ir ao cinema ou teatro ou encher os depósitos de combustível (já digo combustível que é para ninguém confundir gasóleo com gasolina).
O mais curioso é que quando vamos abastecer o carro numa qualquer bomba, tentamos sempre que a conta dê múltiplos de 5€. Inclusivamente quando não acertamos no valor certo pômos ainda mais combustível até conseguirmos acertar ou fazemos malabarismos para ir colocando cêntimo a cêntimo. Todo este esforço para depois chegarmos ao balcão e pagarmos com multibanco!!! Se calhar trata-se de uma questão de satisfação pessoal, para podermos dizer aos nossos amigos que somos tão bons que até conseguimos pôr 10,00€ de gasóleo no carro sem precisar de carregar no botão que a máquina tem!
Deixo como proposta que se organize um campeonato nacional do abastecimento de combustível, em que ganharia quem conseguisse no menor tempo possível pôr 10€ ou 20€ no depósito do carro, dar uma vista de olhos pela banca das revistas e jornais e ir ao balcão pagar!

SIM

Em primeiro lugar os meus parabéns ao Destro por um post muito bem fundamentado e por incrível que pareça equilibrado. Acho que é a primeira vez que te vejo "indeciso" ou pelo menos sem uma inclinação clara a favor de um dos lados!
Quanto ao referendo concordo que a forma como a campanha tem sido feita não esclarece niguém. Tanto, os que do lado do NÃO usam o argumento dos custos para o Orçamento da Saúde, como, os que do lado do SIM que defendem que só está aqui em causa a despenalização, estão a prestar um mau serviço aos Portugueses.
Eu vou votar SIM porque sinto que ao fazê-lo não estou a obrigar ninguém a abortar e pelo menos não faço de conta que o problema não existe. Mas se o NÃO vencer não me admiro nada que as mesmas clínicas que em Espanha praticam IVGs dentro da lei o comecem a fazer em Portugal, já que a lei é em quase tudo idêntica. Concordo com aqueles que do lado do NÃO defendem que o aborto não deve ser usado como um método contraceptivo, mas penso que eu não tenho o direito de impor a alguém uma gravidez não desejada. Quero acreditar que se o SIM vencer muitas mulheres terão a oportunidade de fazer a sua escolha com mais apoio e aconselhamento e quem sabe se isso não as ajudará a tomar outra decisão que não a de abortar?
Já sei que estou a ser lírico e idealista, mas, o que não posso admitir é que se continuem a julgar as mulheres que recorrem ao aborto clandestino em condições deploráveis e se feche os olhos a quem tem dinheiro para ir a Badajoz fazê-lo. Se a lei é para aplicar como é possível que se permita que nos jornais portugueses surjam anúncios a clinicas de IVG em Espanha.
Não pretendo mudar a vossa opinião nem converter-vos às minhas convicções, apenas desejo que no dia 11 não fiquem em casa. Vão votar, porque só assim conseguiremos encerrar este assunto. Caso contrário, seguramente que dentro de alguns anos voltaremos a passar pelo mesmo.

Sim ou não, eis a questão!

Tenho andado a evitar escrever sobre este tema, não por achar que ele é pouco importante ou pouco digno deste blog, mas sim por ser um tema delicado. Dia 11 de Fevereiro, vamos ser chamados a responder a uma pergunta que pode mudar a vida ou “morte” de muita gente.

Tenho lido, ouvido e visto, opiniões, debates sobre o tema do referendado. Tenho a certeza que todos somos contra o aborto, não é isso que está em discussão, embora alguns fundamentalistas do NÃO queiram fazer entender o contrário. Por outro lado, alguns partidários do SIM querem fazer passar a ideia que o que está em questão é a DESPENALIZAÇÃO das mulheres que fizeram ou fazem um aborto, puro engano. Tal como em 1998, há em volta do referendo uma enorme desinformação e um clima de crispação inadmissível. Tanto os partidários do NÃO como os do SIM, tentam arrebatar o maior numero de fieis sem os esclarecer, puxando ao sentimento e não à razão. Mas no meu entender, este referendo começa mal logo à nascença, ou seja começa mal logo na pergunta que vai a sufrágio.

Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

Dissecando esta pergunta, encontro 3 questões...

Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez?
Concorda com a interrupção voluntária da gravidez realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas?
Concorda com a interrupção voluntária da gravidez , nas primeiras 10 semanas em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?


Será possível com a campanha que está a ser feita e com a pergunta que é feita aos Portugueses, alguém responder convenientemente e em consciência? A mim não me parece possível. Quem vota sim, provavelmente quer responder sim à primeira questão vindo as outras duas por acréscimo. Quem vota não votaria sim à primeira pergunta.

Procurei saber o que se passa pelo resto da Europa e verifiquei que em Espanha, lugar onde milhares de Portuguesas recorrem a clinicas privadas para fazerem um aborto. Na verdade a lei penal espanhola tem aspectos até mais restritivos que a lei portuguesa como por exemplo os prazos para aborto eugénico (22 semanas) ou na sequência de violação (12 semanas). Contudo, enquanto os serviços públicos de saúde fazem uma interpretação mais restritiva da lei, assim já não acontece com as clínicas privadas aonde se faz a larga maioria das IVGs em Espanha.

De destacar que a lei espanhola não pune as mulheres que recorram ao aborto clandestino nos casos em que esse aborto tenha sido praticado pelos motivos que a lei permite (no entanto, os médicos, parteiras e outros, são punidos). De assinalar que, desde Fevereiro de 2000, foi autorizada em Espanha a utilização da pílula abortiva (Ru-486) nos serviços de saúde públicos, possibilitando a rapidez de atendimento nestes serviços. Está também regulamentada por lei a forma como se processa a acreditação de estabelecimentos de saúde privados para efeitos da prática da IVG e as exigências que são efectuadas (especialistas, instalações e práticas médicas a seguir).

Parece-me portanto que há em um problema de interpretação, ou seja, em Espanha entende-se que a saúde psíquica da mulher, está em causa, quando ela não quer o filho que está a gerar, em Portugal não. Assim sendo, como será que os médicos portugueses se vão comportar face a uma total falta de abertura para a lei em vigor, para uma lei que é totalmente livre até às 10 semanas. Pois já algumas instituições de saúde que perante o cenário da vitória do sim, fecham completamente a porta à IVG.

Em jeito de conclusão fica esta pergunta:
Será que o avanço de uma sociedade se mede ,em pleno seculo XXI, pela interrupção voluntária da gravidez ser livre, ou por ter programas eficazes de planeamento familiar?

Free Web Counter
Free Website Counters