domingo, fevereiro 11, 2007

Liberalização do Aborto

Ganhou o Sim, a maioria dos eleitores que se disponibilizaram a exercer o seu dever cívico escolheram a liberalização do aborto até às 10 semanas. Mas tal como há 9 anos a maioria decidiu não se pronunciar e não deixar que este referendo fosse vinculativo perante a Constituição da Republica. Assim sendo, daqui a 10 anos estaremos a discutir novamente o mesmo assunto, para sermos coerentes. Embora eu ache, que nem que votasse UMA pessoa, o referendo deveria ser vinculativo, pois os Abstencionistas escolheram não expressar a sua vontade, foi-lhe dada uma oportunidade de o fazer, não o fazendo, deve-se dar a voz aos que o fazem, mesmo que sejam uma minoria, Uma Democracia é feita por quem a quer fazer, ou por quem quer fazer parte dela.
Em Relação ao resultado propriamente dito sobre a liberalização do aborto até às 10 semanas, falta saber como se organizará o Serviço Nacional de Saúde.
Porque neste momento, não me admira que uma mulher seja chamada para fazer um aborto que pediu, quando a criança estiver a entrar para a escola primária.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não sei se sou eu que tenho bebido um pouco mais da moderação da "boa" Direita, se és tu que andas a "beber" um pouco do "bom" progressismo da Esquerda. Não me interessa quem teve razão sempre que discutimos. Esta ganhamos juntos! Mas continuo a dizer que um café comprido é mais forte que um curto... para o organismo e não para o palato :)
António Barroso

9:53 da tarde  
Blogger Desterrado said...

Não alinho nas congratulações por a abstenção ser menor do que há 9 anos. Se realmente as pessoas se demitem do seu dever de participar nos referendos ou eleições, a única ilação que posso retirar é que a maioria do povo português prefere que decidam por ele. Com este resultado resta à AR mudar a lei e criar os mecanismos para que se aplique a vontade dos 44% que votaram. Como o Destro refere abre-se a porta para que daqui a outros 10 anos se faça um novo referendo sobre o mesmo tema!

10:58 da tarde  
Blogger Desterrado said...

Sou só eu que penso assim, ou vocês também acham que já não há paciência para ouvir a lenga-lenga da Odete Santos!

11:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Espero que o sistema nacional de saúde não gaste nenhuma verba com esta situação. Estamos a falar de aborto de crianças saudáveis e resultantes de uma relação consentida. Deve ser despenalizado, mas não é uma doença...é um serviço de saúde. Da mesma forma que a oftalmologia não é paga bem como a medicina dentária, não vejo porque devem ser os "estabelecimentos autorizados" públicos.
Note-se que já há pouco dinheiro na saúde...Ainda esta semana se soube que no HSA faltam 10 camas para 2 enfermarias por falta de verba. Os idosos com pneumonia estão em cadeiras com o kiko do soro ao lado.

10:39 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Eu também quero um referendo para que se pergunte ao povo português se quer continuar a pagar a metadona dos "drogados" e todos os funcionários dos CAT's! Assim gasta-se mais dinheiro, em campanhas e mesas de voto, para depois a maior parte dos "macacos" ficarem em casa!
Como dizia ontem o Dr. Alberto Barros (um dos mais conceituados médicos no em casos de infertilidade) - num programa na tv - a sociedade tem de ser solidária e não pode dizer que não paga as coisas (no caso da saúde) que não lhe estão directamente ligadas. Metaforicamente usa o exemplo do homem bêbedo que conduz, tem um acidente, mata alguém, e vai parar ao hospital, onde com o meu dinheiro, vai ser tratado! Merece-o? Se calhar também devemos referendar isso. E a assistência médica a assassinos e homicidas? E se há pouco dinheiro para o SNS não é certamente por causa de pessoas como eu, e tantos outros, que o pagam e ainda pagam outro tipo de subsistema que o Sócrates nos quer tirar...
O que deve ser bem analisado é onde e como é empregue o dinheiro do SNS!
Quanto aos que não votaram... bah para eles!

11:16 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Espero que sejas capaz de me justificar como é que um filho saudável de uma relação sexual consentida pode ser uma doença.
Repara também tens direito a ter o guarda costas se quiseres, todavia não é obrigação do ministério da administração interna por um polícia à porta de cada cidadão. Nos países onde as drogas leves são legais, não é o ministério da saúde que as põe à venda. (Se calhar até ganhava uns trocos)

3:29 da tarde  

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