Porto - uma cidade em morte lenta
Todos os dias morre um pouco do Porto! Uma morte lenta, dolorosa e envergonhada. Mas o pior é a naturalidade com que aceitamos esta perda de identidade e de protagonismo do Porto. A baixa cada vez está mais deserta, as lojas do comércio tradicional vão fechando uma a uma, o Bolhão cai pedaço a pedaço, o Comércio deixa as bancas subitamente. E no meio disto tudo a cidade mantêm a sua indiferença, o mesmo desdém de quem vira a cara quando passa por um sem-abrigo numa entrada dum prédio. Pouco a pouco a cidade vai-se esvaziando e as cortinas descem sobre o palco para anunciar a todos o fim de mais um dia negro na nossa história.
Poderemos manter a nossa indiferença? É este o Porto que queremos para o futuro? Uma cidade subjugada e submetida, sem voz, sem auto-crítica, sem opinião?
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