"Assalto à praia" e tudo porque o Bruce Willis não estava lá
Na sequência do último texto e consequente debate, exponho aqui excertos de uma notícia que sai no Público de 24 de Junho, página 15:
Título: Bloco de Esquerda diz que "arrastão" foi "fuga de jovens de carga policial"
Entrada: Deputada Ana Drago citou relatório policial e relato de filho de dirigente do PSD sobre ocorrido em Carcavelos.
Resuminhos do texto:
1º - O BE fez ontem a AR voltar a este tema para criticar a "manipulação, inexactidão no tratamento noticioso do acontecimento" e "responsabilizou os media por ter dificuldade em acertar agulhas com o dito mundo real".
2º - Baseando-se no relatório da PSP de Lisboa e no testemunho de um filho de um membro da Assembleia Municipal de Lisboa que obrigavam, segundo o BE, a "nova análise à luz de novas informações", a deputada Ana Drago afirmou que não houve "arrastão, houve talvez furtos, mas o que aconteceu foi uma fuga de jovens de uma carga policial indiscriminada"
3º - Ana Drago diz que c9itando o relatório policial o número de assaltantantes era "só" de 30 ou 40 (seria Alibabá?). E continua "Muitos dos jovens que apareceream nas imagens televisivas e fotográficas a correr na praia naquele dia não eram assaltantes, mas tão-só jovens que fugiam com os seus próprios haveres".
As minhas considerações:
1º - Agora a culpa é dos jornalistas! Estes basearam-se em afrmações de pessoas que estavam nas praias, se mais do que um disse que eram 500 de raça negra a roubar...porque haveriam de dizer o contrário. As pessoas muitas vezes confundem o que os jornalistas transcrevem que outras pessoas disseram com o que o próprio jornalista possa estar a dizer. O jornalista nunca deveria dizer. Usam-se testemunhos e aspas para expor os factos.
2º - Gostava de ler as declarações do filho do tal senhor, que basta ser fruto do acasalamento de um senhor que é político, ganha logo um mérito de TESTEMUNHA do ANO. Até porque de inventar coisas e mentir ainda não deve ter aprendido com a profissão do pai. E também as gostaria de ler ou ouvir para dizer onde há carga indiscriminada? Quando há confusão numa praia como a que vimos nas fotografias há sempre alguém que vai apanhar por tabela, mas houve queixas das pessoas que apanharam e não tinham nada a ver com o assunto?
3º - E, no fundo, apesar do medo que se instalou, alguém acreditava mesmo que era possível reunir 500 pessoas para um assalto à praia?
Resumindo: a mulher irritou-me! Apesar de a senhora deputada chamar a atenção para o facto de se reler o relatório policial e averiguar mais testemunhos e dar à opinião pública toda a verdade, não posso concordar que com os disparos indiscriminados para a comunicação social. Não somos todos farinha do mesmo saco. Mas amor com amor se paga e hei-de sempre dizer que políticos assim são bons é para a direita!!!
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