terça-feira, julho 05, 2005

PARA ONDE VAMOS????

Hoje de manhã acordei com um estranho sentimento, um misto de surpresa e um certo medo.

Na verdade, enquanto me arranjava e preparava para bater a porta e ir trabalhar fui ouvindo as notícias que a RTP ia debitando para o ar. Greves, manifestações, fogos, assaltos e mentiras políticas.
Não gostei de ver os polícias em manifestação, como nunca tinha visto. Isto está mal. Ainda não percebi como é que a PSP, GNR e Forças Armadas podem ser encaradas como qualquer outro empregado de estado. Como é que vai ser, às 5 horas, penduram as armas, fecham a porta e vão para casa? Os que ficam de serviço em esquadras e quartéis passam a receber horas extraordinárias?
Deixam de andar fardados? Param as missões no estrangeiro, ou passam a ser pagos pelas tabelas dos senhores que se deslocam ao estrangeiro em missões de vinho e petisco? Passam a meter baixa na segurança social? Em vez de irem com guia ao hospital passam a marcar consultas e a esperar 1 mês pela mesma?
Os governantes ainda têm que me explicar isto, ou se calhar o crânio não pensante que teve a falta de ideia nem reparou ao que levam algumas alterações propostas.

De repente senti-me em época do PREC, onde a agitação social era enorme, debaixo da pata de um governo ditatorial que se estava a “cagar” para todos nós, apoiado pela demagogia de uma imprensa nacional sofrendo de um enorme complexo de esquerda que ainda hoje continua assim. Antes de Santana Lopes ser investido como 1º ministro já os histéricos jornalistas e cronistas dos nossos jornalecos berravam em pontas dos pés contra tudo o que o homem ainda não tinha feito. Era do PSD, uma perigosa gente de direita. Agora temos um governo de palhaçada, que vai tornando a vida de todos nós cada vez mais difícil, mas os jornais estão mudos e só se limitam a dar as notícias. É engraçado como morreram as grandes opiniões. Agora o governo é de esquerda, esta tudo bem por isso.

Vem ministro e diz uma coisa, que depois desdiz e disse que não disse. Corta nos hospitais. Acusa os médicos e enfermeiros de serem porcos, e pronto já esta. Depois vem um demagogo, que acha que é a gritar que se chega ao cérebro dos humanos, tal qual como fazia a clientela salazarista para despertar o patriotismo da então carneirada portuguesa, e nega que o que se vê de violência não existe, porque nós somos todos mal intencionados. Não será antes ele o mal intencionado quando vem com estatísticas sobre assaltos? Baixaram as participações, porque as pessoas já perceberam que não merece a pena participar porque ninguém faz nada .

Nunca tinha visto um coelho a falar. Vem uma ministra que diz que o tribunal dos Açores é diferente do tribunal do continente, porque não pertence à República Portuguesa. Valha-me Deus, mas que é isto? Os Açores já são independentes e eu ainda não tinha dado por isso? Isto é uma vergonha, um escândalo, inadmissível! Que raio de gentinha é esta que governa o meu país? Temos um ministro da dita “segurança interna” que há bem pouco tempo usou e ousou pressionar os poderes independentes, principalmente PR e PGR, para defender um amigo do partido, então acusado, só, de 23 crimes de pedofilia. Deu resultado, o homem nem foi a tribunal e os recursos ficam na gaveta dos recursos esquecidos até caírem no esquecimento deste bom povo. Podia continuar, mas não merece a pena e ia gastar uma data de folhas.

A imprensa portuguesa nem pia. Lá está o complexo de esquerda. Não se pode dizer que o rei vai nu. Ou seja não se pode criticar a esquerda. Não que tenha estudado tal fenómeno, pois o tempo não chega para tudo, mas o pouco que me debrucei sobre este assunto deu-me para chegar a uma conclusão. Uma grande parte do povo, a partir de quarenta e muitos, e que ainda viveu no tempo de Salazar e Marcelo, que andou pelas ruas a dar vivas ao ditos senhores, a apertar as suas mãos e a correr às manifestações, quer agora à força fingir que nunca lá esteve e que sempre foi contra, e por isso têm medo que alguém os possa conectar com esse seu passado. Têm vergonha do que foram, mas eu acho que deviam era ter vergonha do que são.

Outros, gritam contra o Tio das Botas, mas o seu protesto deve ser porque naquele tempo tinha que usar fraldas de pano, porque ainda não tinham chegado cá as descartáveis. Se conheceram o Marcelo já foi uma grande coisa.

Um governo que começa as suas medidas matando o povo, não merece governar. Depois dos protestos então lá ameaçaram com umas possíveis e futuras medidas contra os compadres.

Pura e vergonhosa demagogia.

Não será mais honesto começar por propor uma revisão constitucional para diminuir o número de emplastros mandriões que abundam na AR? Nós só conhecemos à volta de 10, por isso não devem ser precisos mais. Não será mais apropriado, acabar com os vencimentos escandalosos dos administradores das empresas públicas, sempre da panela e tacho, que nem sequer são pessoas competentes e que ao fim de algum tempo e porque fazem administrações ruinosas nos lugares que ocupam mudam para outras EP, para continuarem a meter ao bolso. Porquê mudar Directores de instituições que nada podem influir na política interna ou externa do país, mas que dá tacho a mais uns tantos. Agora, depois de lá colocarem os amiguinhos todos, vai sair uma lei sobre isso, para que, mesmo que mude o governo, estes ficam garantidos para o resto da vida. Substituição de automóveis, mobiliário, pensões por meia dúzia de anos de serviço, enquanto nós temos que penar até aos 65 e não acumulamos as ditas pensões. Seriam tantas e tantas coisas a expor que ia tornar este manifesto grande de mais.

Só não percebo que no meio de toda esta insegurança que estamos a viver, o PR, Sampaio - O Demagogo, continue no mundo das nuvens preocupado em mandar mensagens idiotas ao governo para nacionalizar os filhos dos emigrantes, como se o problema estivesse na nacionalidade, quando são eles os primeiros a dizer que são africanos que têm orgulho em sê-lo e que vivem bem onde estão. O problema está na índole das pessoas, nas tradições e na falta de vontade de se integrarem, porque aqueles que estão dispostos a trabalhar e estão cá para isso, independente da cor da pele são gente digne, capaz e de que nos devemos orgulhar e ajudar.

O PR devia era dar as palmadas no rabo, nada de maus pensamentos, no senhor 1º ministro (com letra pequena) como fez com o anterior e alertar para o descalabro e buraco social para que estamos a caminhar. Portugal não vai crescer (era bom que tivesse que engolir estas palavras) vai é encolher e emagrecer até aos ossos, se não chegar mesmo a desaparecer.

Fechamos a porta e vamos para obras, ou pomos o letreiro TRESPASSA-SE a ver se algum país caridoso toma conta de nós.

Não gosto do meu Portugal assim. Quero paz, harmonia e vontade de progredir e tornar este Portugal melhor e mais rico. Nivelar para tirar os pobres da miséria material e moral e não deitar nos eco-pontos um povo inteiro.


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